O número de pessoas forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, perseguições e violência bateu um recorde: são mais de 123 milhões de deslocados no mundo. O dado é do Acnur, agência da ONU para refugiados.
No continente americano, o cenário também é grave: quase 22 milhões de pessoas estão em situação de deslocamento forçado. Apenas no Brasil, pessoas de mais de 175 nacionalidades pediram refúgio no ano ado.
“Os venezuelanos continuam sendo o maior número de pessoas que chegam ao Brasil procurando o refúgio. Já estamos com essa situação há alguns anos, mas vocês vão observar no relatório que, este ano, a gente teve novas nacionalidades que estão despontando também com uma grande demanda. Nós tivemos cubanos, angolanos, haitianos”, destacou Luana Medeiros, diretora de migrações do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Integrar um refugiado ao país não é tarefa simples. Hoje, o Brasil conta com um programa de apoio a entidades que atuam na integração de cidadãos afegãos, e existe a expectativa de que se estenda a haitianos.
Os dados também mostram que 73% dos refugiados permanecem em países de baixa e média renda e 67%, em países vizinhos. Mas o avanço na integração dos refugiados esbarra em cortes no financiamento internacional, que afeta ações humanitárias essenciais, como o à saúde, documentação e apoio jurídico.
Segundo Davide Torzilli, representante do Acnur no Brasil, “o único caminho é a paz, a justiça, os países resolverem conflitos. Outro caminho é também investir nas soluções, investir na acolhida, na proteção de pessoas refugiadas e também na integração e inclusão socioeconômica dessas pessoas”.
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